...eu não consigo mais ler.

(cartas de uma ilha para outras)


Para uma contadora...


Então você me diz o preço, que o tempo dirá o custo
Mas, o preço não é sempre mais barato que tudo?
Então deixe as mãos vazias da ganância aplaudirem
Você que fez o acordo, você que sabia o quanto iria custar
Então, me diga, se tudo foi tão planejado
Quero tudo aquilo de volta
Tão intrinsicamente orquestrado
Você realmente sabia o quanto o preço iria custar?
Talvez depois de um tempo
Você não saberá diferenciar
Se você está precisando de alguém pelo prazer
Ou apenas para barganhar
O tempo, os termos, o preço...
Você, que sabia a fortuna da companhia
E agora sabe a quebra da rotina
Vá bravamente para a janela e faça-se sentir
Diga que não há diferença entre as palavras e o vinho
E que nesse meio termo, não há motivos
Renda-se à honra dos seus álibis perdidos
A oferta e o corpo dos sacrifícios
E ouça os aplausos dos que não entenderam o que foi dito
E nunca entenderão nada disso
Foi sua vida que foi tocada
Foi sua trilha circundada
A palavra que falhou
A sorte que foi amaldiçoada
Tão invisível
Mas tão nua para meus sentidos
Mais cedo ou mais tarde você precisa se livrar
De tudo aquilo que você não consegue mais controlar
Começa com a sua família, passa pelas suas vontades
Esbarra em suas faltas, e termina na sua alma