Faz tempo que não escrevo.
E então um pintor torto, do tipo daquele que corta orelhas, falou para mim uma vez. Então, não me batam. Foi ter sido eu. E eu não estou aqui. E isso não está acontecendo. E a tinta nunca seca.
Vai ser tinta na vida.
Me colocando em todo canto que alguma fresta possa enganar.
Fazendo de conta que enquanto eu escrevo, eu posso pintar qualquer palavra que ninguém ainda conseguiu decifrar.
E em latitudes cavalares eu te digo.
Meu nome é Thiago.T-h-i-a-g-o.
Nascido em mil novecentos e oitenta e sempre.
Numa agonia carinhosamente muda, e selada por cima.
Em um galope imaturo e tenso.
Sou um ateu de São Paulo.
No violão, eu tenho fé.
Meu único crime, se um dia for provado.
por remetente.